DESENVOLVIMENTO DA AULA DO DIA 14_03

“Se você não criticar suas ideias negativas elas farão parte da colcha de retalhos da sua existência”. Augusto Cury

Desenvolvimento da aula

A professora nos fez uma bela surpresa, como dia 21/03 será o Dia Mundial da Poesia, ela nos presenteou entregando impresso a poesia “Não entendo o espanto” de Jorge Eli.

Ela pediu que fizéssemos a leitura do poema, com a visão da nossa trajetória enquanto aluno, com o currículo com o qual fomos formados. Após a leitura passamos a discutir nossas impressões sobre o mesmo, e a professora anotou as palavras-chave que surgiram em nossas falas:

ESPANTO – CONSTRUÇÃO – PEDAÇOS COSTURADOS (LEMBRANÇAS,  ALUNO/PROFESSOR) – SEMENTES QUE SE PLANTAM – OS ENGANOS – PLANTAMOS O QUE SABEMOS E O QUE NÃO SABEMOS – INCOMPLITUDE (SOMOS SERES INACABADOS – PROCURA/DESEJOS/ESCOLHAS) – VIVÊNCIAS – JORNADA (RESILIÊNCIA) – LOUCURA NECESSÁRIA.

Discussão da poesia:

A conclusão foi que ao “olhar” o poema e nos lembrarmos de nossa trajetória nos espantamos com tudo o que já ocorreu em nossas vidas, percebemos que com o passar do tempo fomos construídos de pedaços costurados - como uma colcha de retalhos, somos formados de lembranças, de vivências, de experiências, de relacionamentos... São sementes que se plantam em nós e nos formam, fazem-nos crescer, fatos bons e ruins, até mesmo os enganos pelos quais passamos...
Compreendemos que durante nossa trajetória, plantamos o que sabemos e o que não sabemos e nem sabemos que plantamos, sendo que este último, acredito, planta-se inconscientemente com maior frequência...
Nos apercebemos como seres inacabados, incompletos, seres humanos em constante construção - forjados pelas escolhas feitas na busca da satisfação de nossos desejos – e que essa incompletude, que faz parte de nossas vivências, nos faz continuar nessa jornada do processo de construção do nosso ser, e nos torna resilientes, ou seja, nos ensina a ter a capacidade de nos  recobrar facilmente ou de nos adaptarmos às situações...
Essa incompletude que nos forma, mais a resiliência que passamos a ter, nos impele através dessa loucura necessária do processo de construção de si mesmo.

Pontos que foram levantados durante a discussão do poema:
ü  Quando se fala de Currículo há um espanto do que ele pode fazer com a gente;
ü  Currículo significa percurso (jornada) a seguir;
ü  Às vezes nossas escolhas definem o curso, às vezes o curso define nossas escolhas;
ü  Um Currículo não é apenas um rol de disciplinas, entre cada disciplina, na relação pedagógica desenvolvida outros caminhos, jornadas, vão sendo traçados e trilhados;
ü  Há experiências propiciadas e experiências que nos escapam;
ü  É a escola que vive em nós...
ü  O Currículo é produção de sentidos, de significado, produção de identidade:
“Sentidos” é uma produção individual,
“Significados” é uma produção coletiva.
ü  Surgiram indagações:
Os Currículos formam aquilo que querem formar?
Qual o papel da escola frente à sociedade?
ü  A resposta a esta segunda indagação forma o Currículo a ser seguido.
ü  Para entender Currículo temos que entender o alargamento de questões que ele proporciona, temos que abstrai-lo, entender sua abstração.

Terminada a conversa sobre o poema, passamos a discutir o artigo que resumimos “UMA ABORDAGEM SOBRE CURRÍCULO E TEORIAS AFINS VISANDO A COMPREENSÃO E MUDANÇA”.
Pontos que foram discutidos sobre o texto:
ü Currículo é a organização de um certo conhecimento para educação das gerações futuras. Exemplo: Trivium, Quadrivium (Grécia Antiga);
ü É um instrumento para adequar o sujeito à sociedade onde ele vive – Currículo Técnico;
ü Currículo tem uma dimensão ideológica (estudo das ideais/sentido utópico/deforma e maquia aos elementos);
ü Ideologia é uma capa que disfarça /camufla a realidade, uma forma de justificar o injustificável, um discurso que apazigua, mas não vai a raiz do problema, ajudando a manter o poder nas mãos de poucos;
ü A escola reproduz a sociedade onde está inserida;
ü O Currículo, portanto, está totalmente impregnado de questões ideológicas;
ü O Currículo de massa atinge um cidadão sem rosto, anônimo...;
ü O Currículo é produção social, produzido para determinada época, pessoas e local;

ü É um conjunto de experiência que é ensinado ao aluno e que também não é ensinado (Currículo Oculto – há questões que estão presentes pela ausência).

3 comentários:

  1. Bom dia Gi...

    Acredito que somos frutos de um currículo conservador... Consequentemente, reproduzimos esse tipo de currículo...
    Em relação ao currículo oculto, temos muita responsabilidade nessa tarefa de ensinar... E também aprendemos com os alunos...

    Abraços!

    ResponderExcluir
  2. Temos aqui um material bem interessante para reflexão acerca do currículo...como espanto, como reprodução e como produção. Jornada, sempre. Parabéns pela qualidade do pensado.

    ResponderExcluir
  3. Essa aula realmente foi muito rica. Ficou ótimo seu diário, eu gosto muito de diagramas, então esses pontos destacados na lousa foram pontos essenciais desta aula pra mim. :)

    ResponderExcluir